Os sonhadores precisam de liberdade.

O que seria de mim se não existissem sonhos? A preparação para um futuro que não há certezas, a chama de sonhar e tentar por mais uma vez alcançar a felicidade, é o que torna a vida tão misteriosa, envolvendo nossos planos com uma ansiedade às vezes duvidosa. Jovens, quando deixam de ser, ainda sonham? Em algum momento a chama apaga e uma ultima faísca da a resposta de sucesso ou falha. É fácil fantasiar com o futuro na juventude, ser poeta de amores incompreendidos e artistas na sabedoria de sentir coisas que, agora, assemelha singularidade. O que vem depois? A conquista do mundo que almejávamos, a independência que parecia poderosa frente as nossas prisões ou apenas corações destruídos pela realidade? Parece que nossas abstrações sobrevoam invisíveis os ares de liberdade, apenas paralelepípedos e o concreto do mundo mostram que, aqui, não há lugar para sonhadores. Onde irei viver então? Causar impacto na substancia libertária dos aventureiros, viver o infinito, sentir a natureza como parte das moléculas do corpo, alimentadas pelo combustível das palavras embriagadas de imaginações. Abrir a mente é necessário, a ideia de prender utopias calejadas de autonomia me traz angústia. Como poderei, então, ter o espírito de borboletas? Na sinfonia do mundo, as notas estão embaralhadas entre multidões que percorrem caminhos simétricos, estradas alternativas estão vazias de perseguidores fantásticos. O mundo está um caos. Nossos fantasmas mágicos andam escondidos pela frieza material, o sensível se isola por entre escudos de cristais e pedras imbatíveis. 

Vamos voar na harmonia das ondas energéticas, resgatar a alma de criança e sacudir os padrões que enclausuram o lume de sonhar.

Ei. Vem perturbar o sistema. 

Os sonhadores precisam de liberdade. 

Ressurgiremos das cinzas como uma fênix imortal.